quarta-feira, 6 de julho de 2011

Solidão

Sentiu-se a moça mais uma vez frustrada. . .
Sentia-se como alguém que estivesse conversando com um muro de indiferença.
Quinze anos pareciam-lhe, de um momento para o outro, a idade da eternidade, de anos de sofrimentos inúteis.
A solidão da casa silenciosa facilitava que uma lembrança sucedesse a outra. . .
A culpa é sempre inevitável.
Pela primeira vez na vida, ou quem sabe, por mais uma vez na vida, a moça viu-se inteiramente só.
Irremediavelmente abandonada.
Uma sensação opressiva, sufocante. Desagradável.
A noite fria, a lua desaparecendo atrás das nuvens, aumentava a sensação angustiante de solidão.
Nem a bebida conseguira despojá-la da solidão.
Parece até que essa sensação desagradável apenas aparece por um instante, mas para reaparecer mais à frente, mais forte, mais opressiva, mais impiedosa.
Ela se assustava diante da hostilidade de uns, da recriminação de outros e da indiferença de outros tantos.

Desejava, por mais uma vez, uma única vez que fosse, voltar a ter seus pequenos momentos de epifania. . .

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Meu Arcanjo


Posso começar dizendo que te amo?
Digo-lhes, a única coisa que passa pela minha cabeça é que queria estar com você agora, segurando suas mãos, vendo você sorrir pra mim e, ouvindo-lhes dizer em poucas palavras o quanto que me amas.
Penso em ti todos os dias.
E sei que uma parte de mim teme em não poder vê-lo nem poder senti-lo mais.
O tempo todo uma imagem sua paira junto a mim.
E mesmo sem teu amor, eu poderia te amar.

domingo, 24 de abril de 2011

Demasiada



Minha mente vagueia para frente e para trás pelos meus inúmeros problemas. E, eu me sinto frustrada, derrotada e infeliz.

Estátua Pálida


Sei que se mudasse o meu padrão mental e reorientasse minha vida emocional, minhas crises de enxaqueca desapareceriam para sempre.

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Mundo Tronxo

Esse mundo é tronxo demais. Todos os valores fúteis são válidos e o que é virtuoso é desprezado pela "imundice". Dinheiro não é tudo na vida, maldito capitalismo!

Time

Em fragmentos desordenados de tempo
Fui conhecendo a mais singela moça.
Ela de tão bela e lúcida
Aparenta ser áspera com a vida.
Conjeturar um futuro pérfido será impossível
Por não existir um espírito malfazejo em seu coração.
Estou cego pela pura visão de tua vida.

Tu és como o infinito céu
Que destroça qualquer motivo de tempo
Que merecer ser levado a outro templo
E não se perder aqui entre nós.

Tu és como a dor do poeta.
Tão bela e singela.
Mas trás os sorrisos perdidos
Dá dor deixada sentir.

E entre tantos desejos
Mesmo sendo apenas um plano
Far-me-ei teu querido amigo moço
Minha milady grunge, prolfaça.

P.S. Este poema foi um presente de aniversário do mocinho mais simpático de Hope e que é meu irmão, Bruno! =*

Incenso


Mais uma noite de Sábado chega.
Encontro-me sozinha em meu quarto, com um gosto amargo na boca e soando demasiadamente.
Estou com febre.
Direciono-me até a vitrola. Necessito de música para alimentar minha alma.
Recordo-me de estar ouvindo “Time”,  uma  música do Pink Floyd e uma das canções mais agradáveis aos meus ouvidos.
Acendo um incenso e deito sob a cama meu corpo cansado, contendo uma cabeça já tão congestionada e um coração cheio de marcas e poços.
Adormeci feito uma estátua pálida, acordando somente no dia seguinte, atraída por um cheiro de café forte vindo de dentro do meu quarto.
Sento-me sob a cama e deparo-me com uma xícara de café no chão.
Olho tudo ao meu redor e continuo encontrando-me entregue a mais pura misantropia.
Mas, quem teria me deixado uma xícara de café fresco? Quem teria desligado a vitrola e colocado o vinil do mesmo modo que costumo guardar na estante?
As perguntas ficaram suspensas no ar..
Apenas sinto a triste sensação de sentir meu ser queimar-se aos poucos e transformar-se em cinzas em meio à tantas coisas, feito o incenso que acendi a noite passada.